VIAGEM NO TEMPO PELAS RUAS DE SANTOS
Que tal um passeio que te leva a uma viagem no tempo pelas ruas de Santos?
Santos, além de ter o maior porto da América Latina, ainda tem uma história incrível para contar, pois é uma das cidades mais antigas do país e muito influenciou para o desenvolvimento da nossa economia.
Uma das formas de conhecer parte da riqueza histórico-cultural do município é fazer o passeio de bondinho pelo centro histórico de Santos, que ainda mantém importantes construções da época em que a cidade estava se desenvolvendo.
A viagem ao passado fica mais completa a bordo de bondes originais restaurados e com a presença dos condutores e motorneiros, que adoram contar sobre a época em que os bondes eram um dos principais meios de transporte urbano.

Bondinho do passeio turístico (Foto: Viviane Mayumi Seino)
Esses condutores e motorneiros são pessoas da 3ª idade que fazem parte de um projeto muito legal da prefeitura, o Vovô Sabe Tudo, cujo objetivo é promover a valorização e autoestima do idoso, inserindo-o em atividades com crianças, jovens e público em geral.
A REVITALIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO
A prefeitura de Santos tem um programa chamado Alegra Centro, que visa à revitalização da área central por meio do incentivo ao turismo e isenção de impostos.
Então, ao longo do passeio você vê as construções antigas em três situações: abandonadas, em processo de restauração e com o restauro concluído.
Como a grande maioria das casas do são de propriedade particular e quem faz a restauração e manutenção do imóvel nesse caso são os próprios donos, a forma que a prefeitura encontrou para incentivar o restauro dos prédios históricos foi por meio da isenção de impostos.
Além disso, os museus, os festivais e a linha do bonde ajudam a atrair os turistas e, consequentemente, o comércio para as ruas do centro.
PASSEIO NO CENTRO HISTÓRICO DE SANTOS
O embarque é feito na Estação do Valongo, em frente ao Museu Pelé, junto com um guia de turismo, que facilita a compreensão do desenvolvimento da cidade e de sua atual configuração.
O percurso de 5 km leva cerca de 45 minutos para ser completado e inclui mais de 40 locais de interesse, entre eles:
Estação do Valongo
Construída em estilo neoclássico com influência vitoriana, a Estação foi inaugurada em 1867 e foi desativada em 1996, quando foi extinto o transporte de passageiros da linha férrea.
Após anos sem uso, em 2003 começou a ser restaurada e desde sua reabertura, em 2004, passou a ser sede da Secretaria de Turismo de Santos e do restaurante-escola Estação Bistrô (um bom local para almoçar!).

Estação do Valongo em Santos (Foto: Viviane Mayumi Seino)
Pela Estação do Valongo passaram muitos imigrantes que chegaram aqui no país durante os séculos XIX e XX, além de boa parte da riqueza que contribuiu para o crescimento de São Paulo e do Brasil.
Bolsa Oficial do Café
Inaugurado em 1922 como parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil, o edifício foi construído para centralizar as operações do mercado cafeeiro, mas com o passar dos anos foi cessando suas atividades até ser desativado em 1986.
Desde 1998 abriga o Museu do Café, valorizando esse capítulo da história nacional.

Vitral na Bolsa do Café de Santos (Foto: Viviane Mayumi Seino)
O destaque do Museu é para o Salão do Pregão com painéis da autoria de Benedicto Calixto e um belo vitral no teto.
Conjunto do Carmo
É composto pela Igreja dos Freis Carmelitas, de 1599, e pela Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo, de 1752.

Conjunto do Carmo em Santos (Foto: Santos Turismo)
O Conjunto do Carmo é considerado uma das maiores preciosidades do Barroco brasileiro, tanto que desde 1940 é considerado um Patrimônio Nacional.
Casa do Trem Bélico
Remanescente do período colonial, a Casa do Trem Bélico é o prédio público mais antigo da cidade.
A construção datada do século XVII servia para abrigar o arsenal de guerra que protegia a até então Vila de Santos dos ataques de piratas, mas hoje funciona como museu.
Lá você encontra o simpático Zé Corneteiro, um soldado que faz a guarda do local usando apetrechos curiosos, como chapéus, cavalinho de vassoura e espingarda de guarda-chuva.

Zé Corneteiro no centro histórico de Santos (Foto: Viviane Mayumi Seino)
Seja passeando com o Bondinho ou com a Linha Conheça Santos, ele faz questão de aparecer convidando todos para conhecer a sua “humilde residência”.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi construída em 1756 e serviu para abrigar muitos escravos fugitivos.
Isso acontecia porque, devido à influência deixada por José Bonifácio (patriarca da Independência do Brasil), grande parte da população santista do século XIX era contra a escravidão.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário em Santos (Foto: Viviane Mayumi Seino)
Assim, os escravos de outras cidades fugiam para Santos, quando chegavam eram abrigados na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e depois seguiam para algum dos quilombos da região.
O movimento abolicionista cresceu tanto em Santos que a escravidão acabou em 1886, dois anos antes da Princesa Isabel assinar a Lei Áurea.
Catedral de Santos
Qualquer semelhança entre a Catedral de Santos e a Catedral da Sé (São Paulo) NÃO é mera coincidência.

Catedral da Sé, São Paulo (Foto: Viviane Mayumi Seino)
Isso porque as duas foram projetadas pelo arquiteto Maximilian Emil Hehl, que também projetou outro ponto visto no passeio: o Castelinho.

Catedral de Santos (Foto: Viviane Mayumi Seino)
Inaugurada em 1924, a construção de estilo neogótico tem três naves, dois altares laterais de mármore e duas capelas, uma de cada lado do altar-mor.
Casa da Frontaria Azulejada
Uma das obras arquitetônicas mais significativas de Santos, a Casa da Frontaria Azulejada foi construída em 1865 para residência e armazém do comendador português Manoel Joaquim Ferreira Netto.
A casa de dois pavimentos ficou conhecida pela sua fachada de influência neoclássica, com azulejos em alto-relevo importados de Portugal.

Casa da Frontaria Azulejada em Santos (Foto: Viviane Mayumi Seino)
Foi concebida em forma de U, com a abertura voltada para o Porto, pois isso facilitava o processo de carga e descarga de mercadorias.
Hoje a construção é tombada em nível federal, estadual e municipal.
Dados gerais:
Passeio no centro histórico de Santos com bondinho
Local: Estação do Valongo – Praça Marques de Monte Alegre, s/n – Valongo, Santos – SP.
HORÁRIOS
O passeio acontece de terça a domingo, das 11h às 17h.
Até às 15h, pode-se desembarcar na Casa do Trem Bélico, Praça Mauá e no Palácio Saturnino de Brito.
O reembarque acontece no mesmo local, com o mesmo ingresso, porém o passageiro fica sujeito à disponibilidade de lugar no bonde.
INGRESSOS
O bilhete de acesso ao Bonde pode ser adquirido na bilheteria do Museu Pelé por R$ 6,50, mas crianças de até 5 anos no colo não pagam e estudantes, professores e pessoas acima de 60 anos têm direito a meia entrada.
Saiba mais sobre esses e outros atrativos visitando o site da cidade de Santos.
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